Alguns anos atrás acabei escrevendo minha história sobre o 3DO no site Retroplayers. Admito que aquele texto era mais um relato da minha frustração de tê-lo comprado em 1996 que propriamente falar sobre ele. Anos se passaram e acabei encontrando um pequeno livro (Dossiê Old!Gamer) contando a história desse console. Foi aí que pude perceber o que levou à ruína um console que parecia tão promissor. E, me informando mais a fundo nesse dossiê, acabei deixando de lado um pouco a frustração que tenho dele e entendi os vários motivos que levaram ao seu fracasso. Em cima disso resolvi reescrever meu texto do 3DO em duas partes, de forma mais informativa, com menos frustrações e, principalmente, olhando novos aspectos (desde pioneiros e desastrados) desse console. Então bora lá, pessoal!
Minha história inicial com o 3DO

Meados de 1994, uma época de transição de consoles e, na visão de um garoto de 14 anos, seu Super Nintendo já não se encontrava em condições de disputa com as novas tecnologias, que apresentavam jogos maravilhosos em arcades e em novos consoles que estavam sendo anunciados. Com a ideia de adquirir um console novo em mente, tive um encontro inesperado. Encontrei um novo console em uma locadora, com uma aparência inovadora e que utilizava CDs, chamado 3DO, algo mágico para um garoto que até então só conhecia cartuchos. Como jogar em locadoras era algo frequente naquela época, acabei pagando R$ 2,00 para jogar trinta minutos do 3DO em um jogo chamado The Need For Speed. Bom, nem preciso dizer que meus olhos saltaram ao ver aqueles gráficos incríveis, movimentações e muitas outras coisas que não se encontravam em consoles antigos.

Conversando com o dono da locadora descobri que se tratava da nova geração de consoles de 32 bits, e que ele seria o console do momento, com vários jogos, gráficos revolucionários, possibilidade de ouvir música nele, e muitas outras coisas. Depois de trinta minutos jogando fui convencido a perguntar quanto ele custava e ouvi a seguinte resposta: R$ 600,00.
Para os padrões daquela época (o real havia acabado de ser implantado no país) esse valor era realmente alto. Para vocês terem ideia, o valor do salário mínimo em 1996 era de R$ 100. Mas R$ 600 ainda não era o valor total do console, ainda existia a necessidade do “transcoder“, que transformava o 3DO de PAL para NTSC e custava mais R$ 150,00. No total o console ficava R$ 750,00. Com a ingenuidade de um garoto de 14 anos sem noção de valores, dinheiro suado, contas para pagar e cia… resolvi pedir ao meus pais o console.
Alguns nesse momento devem achar que minha família era rica nessa época, mas não era. Os meus pais em 1995 tinham uma boa condição e isso era fato, mas também existia uma regra que presentes na minha casa só eram dados em uma data somente. Exemplo: Se fosse ganhar algo de Natal, não tinha nada no dias das crianças ou aniversário, e se fosse ganhar em aniversário não tinha nada em dia das crianças e Natal e por fim se fosse ganhar no dia das crianças não tinha nada no Natal e aniversário. Pode parecer estranho, mas com isso era possível eles juntarem um pouquinho mais de dinheiro e comprar algo melhor.
Assim, pedi aos meus pais para comprarem o 3DO e eles aceitaram, mas teria que esperar algum tempo para eles conseguirem o dinheiro. Demorou um pouco, mas eles compraram o 3DO perto do final de 1995.
Jogos que tive e destaques do 3DO
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Inicialmente o 3DO possuía bons jogos e que me entreteriam por algum tempo. Jogos como: Super Street Fighter, Need For Speed, Road Rash, Gex, Demolution Man, YuYu Haskusho e Fifa.
E no início de 1996 ainda fui pela primeira vez com meu pai ao Paraguai. Isso mesmo, fui comprar muambas com ele no Paraguai e por lá encontrei jogos como o Fifa e Yuyu Haskusho piratas (3DO não tinha sistema de trava de região ou segurança de cópias). Fiquei felizão e principalmente com YuYu Haskusho, que passava na Manchete e eu assistia todo santo dia. Mas infelizmente a felicidade foi acabando…e em menos de um ano fiquei praticamente restringido a esses jogos citados acima (e mais alguns ruins!) e somente na locadora onde comprei o console (as outras locadoras na minha cidade não tinham jogos de 3DO). Apesar de poucos jogos, que foram praticamente todos que joguei, o 3DO teve uma boa leva inicial.
Ficam aqui os destaques:
Super Street Fighter 2 Turbo – A versão idêntica à do Arcade e a primeira a ser lançada em consoles. Sem dúvida uma conversão perfeita desse clássico de SF2 e com a possibilidade de especiais, jogar com o Akuma e cia. Demorou bastante tempo para essa versão sair para outros consoles como o PS One e Saturno.
Gex – Um jogo de plataforma com uma lagartixa super simpática. Eu o considero mascote do 3DO! Um jogo super divertido, cheio de fases, segredos, lindos gráficos e trilha sonora. Foi o que mais joguei no 3DO, sem dúvida alguma.
Road Rash – Com cutscenes fantásticas, trilha sonora com bandas como SoundGarden, muitas motos e porradas. Um jogo que entra no top 3 do 3DO. Essa versão foi também exclusiva para 3DO por muito tempo. A versão de Sega CD não tinha cutscenes e os gráficos eram 2D igual do Mega Drive.
YuYu Hakusho – Um jogo de luta com todos os personagens da série. Com animações tiradas do próprio anime e inclusive suas aberturas. A jogabilidade não era das melhores, mas fazia a diversão dos fãs da série que passava na Manchete e inclusive a minha.
FiFa – Eu nunca fui fã de FiFa, mas esse joguinho era divertido e com melhorias da versão de Mega, além de várias cenas digitalizadas das copas de 1970 e cia. Era divertido ficar vendo os gols do Pelé na Copa de 70 entre o intervalo do 1º tempo para o 2º tempo.
Aqui fica uma listinha de outros jogos de 3DO que recomendo:
– Policenauts
– Wing Commander 3: Heart Of The Tiger
– Out of This World
– Return Fire
– Samurai Shodown
– Mad Dog McCree
– Demolution Man
– Myst
– Crash´n Burn
– Shockwave
– StarBlade
– Flashback
O Começo do FIM do 3DO para mim!
O 3DO foi lançado em 1994, o ganhei no final de 1995 e já em 1996 o fim de vida dele tinha começado (na segunda parte irei comentar sobre isso – vamos continuar na minha história!). Se era difícil encontrar jogos dele em pleno momento de vida, imagine quando o 3DO começou a entrar em seu fim de vida? Só que a verdade é que eu não sabia disso! Vale lembrar que em 1996 não tínhamos acesso às informações rápidas como hoje, tudo era na base do “boca a boca” ou por revistas de videogames. Não existia uma forma de saber se ele iria ser um sucesso ou um fracasso, só saberíamos disso com alguns anos após seu lançamento. Ao mesmo tempo em que me isento de culpa por não ter informações se o videogame seria um sucesso, o que me faltou foi esperteza de esperar algum tempo para comprá-lo, pois assim poderia ver se ele teria retorno no mercado (lição essa que foi aprendida pós 3DO e utilizada até hoje).
Bom, com o declínio do 3DO, os jogos começaram a ficar escassos e eu já tinha alugado praticamente todos e os que existiam na minha cidade e os que eu tinha comprado… joguei até cansar. E isso começou a me incomodar, ainda mais com os lançamentos que estavam surgindo no próprio Super Nintendo (da geração anterior!), novo Playstation e Saturno. Com isso fiquei chateado e comecei a perceber que o 3DO tinha sido uma má escolha. Mas a má escolha viria a ser pior com um fato que ainda iria acontecer.
O dia que queimei meu 3DO e o fim.
O 3DO que eu tinha comprado era PAL-M. Para quem não sabe esse é o sistema europeu de sintonia da TVs e para transformar em NTSC, que é o nosso sistema, tinha que usar o “transcorder“. Ele era um aparelho que convertia o sinal de PAL-M para NTSC. Outro fato era que o 3DO era 110v (sistema de voltagem europeu) e lá em Santos-SP (onde morava!) a voltagem era 220v. Com isso, também tinha que usar um aparelho para converter 110v em 220v. Então vocês imaginam a “complicação” que era ligar esse videogame?! Eram vários cabos e aparelhos para jogar. Não que me importasse tanto com isso, quem viveu a época de Atari sabe como tínhamos que ligar aquela caixinha atrás da TV para jogar e tudo mais. Resumindo! Ninguém se importava naquela época de ligar 1000 cabos para jogar videogame. Mas infelizmente comigo teve um porém!
Um dia em que fui jogar, por distração acabei ligando o 3DO, que era 110V, sem o aparelho de conversão para 220v e o resultado foi que queimei o videogame. Alguns segundos de distração foram suficientes para queimar o console! Foi uma situação realmente chata, afinal, eu já tinha noção da escolha errada de videogame que tinha feito, e se fosse arrumar iria gastar mais ainda. O resultado é que meus pais mandaram o videogame para uma assistência técnica na minha cidade e o valor não foi nada barato.
E no momento em que ele voltou do conserto, o prego no caixão já tinha sido martelado. O videogame tinha sido descontinuado, não teriam mais jogos para seu lançamento, não existiriam mais jogos para alugar na minha cidade e, por fim, a possibilidade de comprar um novo console com dinheiro do meus pais já estava fora de cogitação.
Eu até tentei vender, mas infelizmente ninguém se interessou em comprar. Às vezes o emprestava para alguns amigos que não o conheciam e se interessavam por jogá-lo e quando ele voltava… o guardava no fundo do armário.
Os Erros
O 3DO teve seus lados bons para mim, isso não tem como negar. Os jogos iniciais, a nova tecnologia, ouvir música, bons momentos de jogatina e cia. E seus lados ruins? Bom, ele teve sim e talvez mais que os prós, mas como sempre estamos aprendendo nessa vida, com o 3DO não foi diferente e cito alguns aqui. E quem sabe ajudem algum leitor perdido a aprender também.
O primeiro erro em ter comprado o 3DO era que ele foi um videogame para padrões altos e isso ocasionava vários problemas. Seu preço não o tornava popular e o resultado era que o interesse das locadoras em ter jogos (falando aqui no Brasil!) dele era praticamente nula. Se você for pensar como um dono de locadora, qual seria o sentido de investir em vários jogos de 3DO se existiam poucos usuários do console? Seria um dinheiro gasto e sem retorno, então era muito melhor investir em outras plataformas como Snes, Mega, Playstation e cia, que com certeza tinham vários donos desses consoles e com isso gerariam a demanda de locações de jogos e retorno $$$. Então, eu deveria ter observado o fator de que o principal meio de poder jogar era a locação e que não teria muitas opções devido ao alto preço do console.
O 3DO não era um videogame somente para “quem poderia comprá-lo”. Explico melhor! Era para pessoas com nível econômico “muito bom MESMO“. Aqueles que tinham o luxo de ter outros consoles e não viver só de 3DO. Caso ele não desse certo teriam dinheiro para comprar outro imediatamente ou jogar outro console. No meu caso eu tinha dinheiro para comprá-lo, mas caso ele não desse certo, a possibilidade de comprar outro videogame era nula. Por isso digo que “era apenas para um público que poderia comprá-lo“, mas que não se importaria se ele não desse certo… afinal ele tem outros videogames e padrão econômico para não se importar com isso.
A espera foi outro fator que errei. Hoje, se você não é rico, não compre um videogame em seu lançamento. Existem “N” fatores que justificam isso, mesmo que seja um produto já consolidado no mercado. Vou dar um exemplo com uma marca consolidada nos dias de hoje – Playstation 5. Tirando o fator de valor e que já sabemos que é absurdo em lançamentos, existem outros fatores a se comentar. Problemas técnicos são constantes em lançamentos, vimos isso no Xbox 360, no Playstation 3, no Playstation 4 e Xbox One. Na última geração a frequência foi menor, mas ainda assim vários videogames apresentaram problemas de aquecimento ou defeitos. Esperar um pouco é o mais certo, mesmo porque nesse tempo eles lançam atualizações e melhorias no hardware. Outro fator é o proveito das suas funcionalidades. Eu sei que muita gente não se importa com isso, mas jogar PS5 em um TV tela plana antiga sem funções HDR, 4K e cia é deixar o seu potencial tecnológico de lado. Afinal, é como ter um Ferrari, mas só andar com motor de Gol… Vai andar, mas você não terá o potencialidade de um motor da Ferrari.
Outro fator era – O mercado estava mudando bruscamente da geração de 16 para 32 bits devido aos gráficos poligonais, mudança de mídia de cartucho para CD, a 3DO Company não era um marca consolidada no mundo dos games, havia competição imensa entre Nintendo, Sony, Sega, Microsoft (PCs estava entrando na briga também!). Isso tudo é um fator que teria que colocar na mesa na época.
Mas apesar de apontar todos esses erros, hoje tenho um pensamento mais coerente sobre isso. No texto antigo me culpava fortemente por não ter pensado nessas fatos relatados acima, mas como conseguiria isso com 15 anos? É praticamente impossível!
Vale lembrar, como já citei, que nessa época as informações eram escassas (sem internet e notícia em tempo real como hoje) e a maturidade em um garoto de 15 anos estava apenas nascendo ainda. Se dessem um poder de escolha a um garoto de 15 anos em 1996 e que pudesse comprar o 3DO… com certeza ele diria SIM como eu fiz. Afinal, o que a gente queria mesmo era curtir a jogatina e aproveitar o que podíamos sem conhecimento algum de críticas sobre videogames. Nesses anos todos que converso sobre o 3DO, conto nos dedos quem veio com esse argumento – Não tem como Ivo! Era uma época diferente! Com certeza se tivesse dinheiro teria comprado também!. Essas pessoas são justamente as que consigo ler/ouvir uma crítica diferenciada nos dias de hoje… do que aquela que passei muito tempo ouvindo: – Ahhh Ivo! Você comprou um 3DO, que porcaria!
Conclusão
Antigamente, eu via o 3DO com “olhos de decepção” e hoje o vejo como uma experiência diferente no meu currículo gamer, algo que poucos tiveram a oportunidade de jogar e que somente alguns podem contar. É muito fácil dizer hoje que teve a experiência de jogar Super Nintendo, Mega Drive, Playstation e tantos outros, mas só alguns tiveram a experiência de jogar 3DO e entender o que ele significou no mercado dos games. Foi uma escolha ruim na época? Foi. Mas hoje é um aprendizado em relação ao mercado de games que acompanho desde aquela época e, sem dúvida, uma experiência que poucos podem contar – ter tido um 3DO.
Aliás, na segunda parte começa a minha explicação sobre o que o 3DO representou no mercados dos games e já adianto que não foi SÓ um console mal sucedido, mas o iniciador de um nova era nos videogames.
Então obrigado por lido até aqui!
E até a segunda parte!
Obrigado – Ivo Ornelas.
Pensando aqui, 6x o salário mínimo é um valor muito absurdo, ainda mais somando mais 1.5x pro transcoder.
Vc foi um herói!
Ou vilão, ainda não sei… vc comprou um 3DO, Ivo, que porcaria…
Sacanagem, eu parafraseei seu post… kkkkk. Desculpe, não pude evitar a piadinha.
Mas é melhor isso que dizer que o SNES é tão ruim que vc trocou por um 3DO, né?
Tá bom, tá bom, parei.
Na época eu teria feito o mesmo, com certeza. É que eu tive a sorte de ir pro mundo do PC entre a quarta e a quinta geração, então só fui me interessar por consoles de novo quando não parava de escutar sobre o primeiro Playstation. Se eu tivesse na febre que nem vc, com certeza cairia na mesma cilada. Quer dizer, cilada a gente sabe hoje que é, né? Na época não tinha como…
Mas eu comprei um Wii U, né? Tem que lembrar isso… kkkkkkkkkkkkkkkk
Sacanagem, eu adoro o Wii U.
Enfim…
Dei uma olhada rápida nos vídeos:
– Gex parece realmente muito bom;
– Road Rash eu nunca tinha visto muito, mas parece legal mesmo;
– FIFA me surpreendeu, lembrou o 96 de PC. Comparar com as versões de 16 Bits é até covardia, não sabia que já em 93 um jogo de futebol tinha esta capacidade;
Pretendo um dia dar uma atenção ao console, ele tá entre os que eu gostaria de experimentar alguns títulos. Só queria arrumar mais tempo pra isso. Ou seja, pode ser que nunca aconteça, infelizmente. Me dá até um bode pensar nisso.
Legal que vc pôde experimentar muito disso já na época, deve ter sido muito louco, apesar de todas piadinhas que a gente faz desde a versão do post no Retroplayers… kkkk
Bom, comentário grande, como de costume. Não tanto quanto em outros tempos, mas pra manter uma certeza nostalgia! 🙂
Valeu Ivo!
Eu paguei um absurdo mesmo pelo 3DO Cadu, foi caro pakas! Mas como citei, eramos bem de din din na época e isso facilitou, mas claro que anos depois com situação mudando a coisa ficou insana só de imaginar, mas foram bons tempos e isso que vale lembrar. As brincadeiras são aceitas, isso levo de boa, o problema quando o cara leva esse argumento a sério… ae é de doer a cabeça! Alias eu até esquentava com isso no passado, mas a idade chega e a gente percebe o tamanho da coisa e deixa de lado.
Não tem como, você com dinheiro com 15 anos teria com certeza até Super Nintendo e pagaria para jogar Sonic no Super Nintendo huauhuhuahua! Sonic 4!! Brincadeiras a parte, era um época totalmente diferente e dependendo a proporção do dinheiro as pessoas tem histórias similares, eu tenho um amigo que comprou Power Athlete (original) ao invés de Street Fighter 2 de Snes e se arrepende até hoje. Devida as proporções de dinheiro q ele tinha é a mesma linha do 3DO meu hahahahaha!
Se um dia e espero que tenha, jogue os games de 3DO. Esses que você citou são melhores que os ports para outros sistemas com algumas melhorias.
Ou pelo menos jogue para matar a curiosidade que vale a pena! O 3DO tem muitoooooooo jogos ao melhor estilo PC e justamente dessa época que você jogava nele e talvez você se intentifique melhor! Dá uma olhada!
Abração.
Ivo.
Jogos de 3do que lembro de ficar admirando os outros jogarem na locadora eram o Road Rash e o Nedd for Speed! Que gráficos! Que inovação! Aquelas animações em filme na época eram algo sensacional! Mesmo achando que elas tinham uma coloração estranha no 3do…me parecia tudo meio verde no Road Rash! E aqueles gráficos 3d de need for speed? Aquilo era o futuro” Achava os carros muito realistas! Mas nunca joguei o 3do na locadora. Aliás nunca fui muito de pagar pra jogar nos consoles na locadora. Joguei mais quando abriu uma locadora na rua aqui do lado. Aí sempre ia lá com aquele amigo que não sabia jogar direito pra jogar Mario Kart 64 e International Super Star Soccer 64 (que era ótimo por sinal) .A gente sempre jogava esses pra poder jogar juntos. lá tinha o ps1 , mas a gente quase não jogava…sei lá pq.
Cara, um console custar 600 num país com salário mínimo de 100. Surreal!
Achei bem legal esse lance de só dar um presente caro por ano em uma data. Hj que sou adulto entendo a dificuldade que é comprar presentes caros a cada data comemorativa. E que bom entendia isso. Eu lembro qu algumas vezes eu “negociava”, tipo se eu passasse de ano no colégio eu ganhava uma bicicleta. Ahahah! Pedindo presente pela obrigação.
Devia ser estranho jogar Street Fighter n controle do 3do, tinha os 3 botões como o mega drive mas tinha L e R, fora um stop e pause no meio. Rapaz…pesquisei agora no google pra visualizar o controle…estão vendendo à R$270 no mercado livre! Mais caro que dual shock 4 por algo antigo que nem se sabe se está funcionando.
Ah não joguei esse yuyu hakusho mas lembro de ter visto fotos em revistas. Creio que qd vi na revista , ainda não estava passando na Manchete mas lembro que achei lindo um jogo com cena de anime mesmo sem conhecê-lo.
Cara não se culpe. Vc tinha 15 anos! Não tinha como vc ter esse feeling na época de esperar ver se o console ia fazer sucesso ou não. A gente era criança, só queria e pronto!
Abração Ivão! Até o próx post.
Fala Mario,
Então cara, sabe que eu pensava nisso das cores do 3DO, eram diferentes dos outros consoles, eram meio verdes mesmo, meio escuro sabe. Nunca achei nenhuma informação sobre isso até hoje.
Need for Speed era de encher os olhos, eu achei absurdo quando vi isso na locadora, bem como você disse… “era o futuro”.
Mario Kart tu sabe né! Foi o game que mais joguei na vida e o que mais amo, meu predileto. Joguei muitooooooo! E o Internation Super Star Soccer de 64 era outro que joguei bastante também, mas jogava mais a versão japa que ninguém alugava… a ISS64 nunca tava na locadora!
Incrível né! Ser 600 reais! Mas como disse lá, minha família era bem de dinheiro essa época! Alias foi a melhor época de $$$$ que tivemos!
E isso de pedir presente por obrigação era clássico na nossa época né hahahahahha!
Isso que você falou de jogar Street Fighter no 3DO era ESTRANHO MESMOOOOO! Era muito ruim por sinal! E tu sabe que o segundo controle do 3DO não plugava no console né? Ele puglava no controle 1 hahahahaha! Olha que loucura cara! Hahahahahaha!
E hoje em dia qualquer coisa do 3DO é caro! Eu ainda tenho os controles deles! Tá lá na minha mãe alias! Eu sou fã do YUYU até hoje, as vezes me pego assistindo os episódio, uma pena não ter mais episódios novos dele para assistirmos. E o jogo era fenomenal para época, apesar que gostava mais do de SNES.
E isso que você disse é a pura verdade! Não tinha como cara! Mas só fui me tocar sobre isso muitos anossss depois, mas ter o 3DO foi uma experiência legal no final de contas.
Obrigado por comentar Mario.
Abração e qualquer coisa só mandar msg!
Abração Ivo.
Fala Resident Ivo!! hehehe
Cara, eu não tenho a menor dúvida que eu faria a mesma escolha que você lá na década de 90. Eu colecionava as revistas de video games e só sonhava em ter um 3DO, aquilo era o futuro! Sem dúvida, apesar dos contras, você teve uma experiência que poucas crianças da época tiveram: jogar um 3DO no lançamento… eu imagino como deve ter sido a emoção de ganhar aquele monstro na época. Eu ficava babando nas revistas pra jogar principalmente Need for Speed e Gex, e vou te falar uma coisa: até hoje eu não joguei num 3DO, ainda fica o desejo de ter um agora porque eu queria muito ter na época. Olhando agora, parece que me livrei de uma bomba também hehehe
Texto muito legal cara, parabéns!!
Fala Eder, obrigado por comentar cara!
Eu fiquei muitos anos me criticando sobre ter um 3DO, mas ficando mais velho a gente amadurece e percebe certas coisas e esse foi o meu caso com o 3DO. Teve vários contras? Teve sim, mas, por outro lado, foi uma experiência única e lembro até hoje. Foi emocionante ter ganhado ele e novamente digo… apesar de todos os problemas que tive. Mas infelizmente era um videogame para elite e quem poderia ter mais consoles junto com esse, vive só de 3DO foi o erro.
Need For Speed e Gex foram os jogos que mais joguei! Sério mesmo! Eu tive os dois e foram horas e horas de jogo nele.
Se um tiver oportunidade jogue o 3Do tem um jogos interessantes e faz você entender o que era o HYPE da época!
Valeu Eder e sempre que puder comenta aê!
Forte Abraço.
Ivo.